quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nada Mesmo

Não são os seus olhos distraídos, olhos que nunca me vêem, que nunca me encontram. Nunca me enxergam.
Não são suas palavras displicentes, sempre tão pouco carinhosas.
Não são os seus pensamentos indecifráveis, se existem, se perdem no espaço antes de me encontrarem
Não são os seus gestos bobos que nunca me sentem, suas indiferenças aparentes, ao menos.
Não é nada em você, afinal.
Nenhuma justificativa, nenhuma resposta e todas as perguntas.
Sou eu. É tudo em mim.
São os meus olhos distraídos, que perdidos, só querem te ver.
São as minhas palavras displicentes que muitas vezes não queriam ser ditas. Num turbilhão de emoções elas escapam, nem sempre discretas.
São os meus pensamentos indecifráveis. Eu acho que não quero, mas quando penso, era só o que eu queria. Ou é quando eu deixo de pensar. É quando eu faço a desconexão entre o melhor e o pior para mim.
São os meus gestos bobos que só querem te sentir. Que querem chegar até você. Tento negar, mas é para você que eu caminho.
E é por isso que eu me perco sempre.
Fico no meio do caminho.
Sem norte.
Sem sul.
Sem você.

2 comentários:

  1. "Fico no meio do caminho.
    Sem norte.
    Sem sul.
    Sem você."

    Amei escritora, muito bom.

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  2. "Não é nada em você, afinal.
    Nenhuma justificativa, nenhuma resposta e todas as perguntas.
    Sou eu. É tudo em mim."

    Esse trecho é o que mais gostei.Essa coisa louca... Achar que realmente tudo está em mim...Penso isso até sem querer.
    No meu caso é culpa do egocentrismo mesmo! rsrsrs
    Isso sem falar nas perguntas...Falar de perguntas PERGUNTANDO: Pq sempre temos perguntas pra tudo? Pq nos perguntamos tanto?
    Vai saber...Tenho mtas perguntas, e não todas as respostas.
    :p

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